História

Meu Interesse pela História da Família

Em maio de 1987 dias após o falecimento de minha mãe Maria José, minha irmã Luzia na lida para organizar as coisas da falecida encontrou um documento muito antigo em ótimo estado de conservação, o passaporte do meu avô Júlio Peixoto, guardado em segredo por muitos anos, uma vez que mamãe jamais o havia sequer mencionado para ninguém.

Lendo os dados inseridos no passaporte do Vô Júlio, fiquei impressionado principalmente com a data do embarque dele para o Brasil, 02 de novembro de 1883, fato que despertou o meu interesse pela história da família. A partir daí iniciei, ainda tímida, as pesquisas genealógicas começando por acesso aos livros de registros da Igreja São Francisco de Paula de Ouro Fino, livros que contém os batizados, casamentos e falecimentos.

Minhas pesquisas recrudesceram quando, depois muita insistência sem nada encontrar, consegui visualizar o batizado do meu pai Sebastião, inclusive com uma surpresa para toda a família, pois ele foi batizado como Sebastião Theolindo da Silva. Este nome composto “Theolindo” ninguém sabia da existência.

Intensifiquei as pesquisas e meu entusiasmo aumentava a cada nova descoberta. Ampliei o leque para outras cidades, uma vez que começaram a aparecer ligações, como por exemplo o casamento da Vó Margarida, mãe do papai, foi celebrado em Bueno Brandão. Mamãe nasceu em Pouso Alegre, fato já do conhecimento de todos nós. A cada nova descoberta havia ligação com outras cidades, o que me levou a pesquisar em São José dos Campos (na Cúria), Taubaté e Paraibuna, todas no Estado São Paulo.

Mas a grande maioria dos dados por mim coletados ao longo de muitos anos foi nos microfilmes da Igreja dos Mórmons. Tais microfilmes continham os livros da Igreja Católica do mundo todo e, sabedor que o Vô Júlio nasceu em Beijós, Portugal, busquei tudo que pude sobre a família PEIXOTO nos livros microfilmados da Igreja São João Batista de Beijós, lá encontrando batismo do nosso Bisavô Francisco Peixoto com registro dos dois casamentos dele, filhos do primeiro e filhos do segundo. Encontrei o batizado do Vô Júlio, e, prosseguindo a pesquisa em Pouso Alegre, encontrei o casamento dele com a Vó Rita, depois os batismos dos filhos deles e assim sucessivamente.

Desse trabalho de pesquisa que fiz, durante mais de uma década, resultou neste site www.familiapeixotosilva.com.br.

Hoje, muito feliz e realizado pela divulgação da história da Família Peixoto Silva na Internet.

Ulisses Galvão Silva

 

 

 

História da Família Peixoto Silva

Beijós é uma aldeia sede de freguesia, fica situada na estrada que vai de Carregal do Sal a Viseu (via Sangemil), a 12 Km da sede do concelho Carregal do Sal, distrito de Viseu, em Portugal. São muito remotas as suas origens, mais de três mil anos. É uma povoação essencialmente agrícola, com as ribeiras fertilizando os seus campos, muito produtivos. Os 975 (2011) habitantes da freguesia ocupam uma área de 1253 hectares.
De Beijós emigrou para o Brasil JÚLIO PEIXOTO, pai de Maria José e sogro de Sebastião.

Famílias de Beijós – Peixoto

Carlos Peixeira Marques (Beijokense)

A origem do apelido Peixoto é atribuída a Gomes Peixoto, o Velho, que viveu nos sécs. XII – XIII e cuja descendência teve muitas posses por terras de Guimarães, Fafe e Basto. A informação até agora obtida aponta para que o autor deste texto seja 21.º neto deste Gomes Peixoto. Gonçalo Peixoto da Silva Almeida, 11.º neto de Gomes Peixoto, viveu no séc. XVII em Guimarães, de onde era natural, mas, por heranças várias, era senhor de diversos morgados e era também Padroeiro de S. Miguel da Lageosa, paróquia onde um dos seus filhos, Fernando Peixoto da Silva, foi Abade. No entanto, Fernando prescindiu da Abadia, certamente por afazeres em Guimarães. Numa acta de 1717, consta que «foi eleito para Provedor da Misericórdia de Guimarães Fernando Peixoto da Silva abade reservatário da Paróquia de S. Miguel da Lagiosa e sua anexa de S. João Batista de Veijós».

Parece que os de Guimarães sempre tiveram um uso muito próprio dos “V”. A família Peixoto da Silva manteve o Padroado por várias décadas e tratou também de nomear um abade da família para governar a paróquia da Lageosa. Foi ele Luís Peixoto da Silva, filho ilegítimo de João Peixoto da Silva (um irmão do Abade Fernando). Foi este Luís que respondeu ao inquérito paroquial de 1758, onde escreveu «É freguesia de São Miguel cuja Igreja é a Matriz, tem sua anexa de São João Baptista de Beijós, é Abadia cuja apresentação é de Gonçalo Peixoto da Silva Macedo e Carvalho, assistente em Alenquer, rende três mil cruzados com sua anexa».

Este Gonçalo, padroeiro da altura, era neto de um meio-irmão do Abade Luís. Seguindo uma tradição familiar, o Abade Luís Peixoto da Silva manteve conversações com uma mulher solteira, no caso, Angélica Maria, natural de Sangemil, cujo resultado foi António Peixoto da Silva, que viria a casar em Beijós em 1783, onde estabeleceu residência, tornando-se no ancestral dos Peixotos de Beijós.

O Abade Luís era um grande amigo do Padre Cristóvão, pelo que não é difícil de imaginar a pompa e a elevada assistência eclesiástica do casamento da neta de Luís (Maria Margarida Tavares Peixoto da Silva) com um neto de Cristóvão (António Coelho de Abrantes), mesmo sabendo que eles só puderam assistir ao casamento dos respectivos lugares no Céu.

Este casal teve os filhos Cristóvão Coelho de Abrantes e Daniel Coelho de Moura, ambos com vasta descendência nos Coelhos de Beijós. Neste ramo, perdeu-se o apelido Peixoto. Os restantes filhos de António Peixoto da Silva mantiveram o apelido Peixoto: Bernarda Delfina Cardoso Tavares foi a 2.ª mulher de Felisberto Coelho de Moura, tendo um filho João Peixoto Coelho, nascido em 1811. Luiz Peixoto, nascido em 1790, morreu em 1851, sem ter casado. João Peixoto da Silva, falecido em 1854, foi pai de Claudina de Jesus. Os atuais Peixoto de Beijós são descendentes de Francisco Peixoto, nascido em 1832.

Francisco Peixoto casou-se, em 2ª núpcias com Bernarda de Jesus, filha de João Pereira Marques e de Josefa da Conceição. O casamento foi em 09 de janeiro de 1890, com o meu bisavô Francisco viúvo de Maria de Campos que faleceu em 01 de setembro de 1888. No dia do casamento a Bernarda estava com 24 anos e Francisco estava com 57 anos (nasceu em 14 de novembro de 1832).

SILVA – ORIGEM DO SOBRENOME

Fonte: Enciclopédia Wikipédia

Sua origem é claramente toponímica, sendo derivado diretamente da palavra latina silva que significa selva, floresta ou bosque, e tem a sua origem na Torre da Silva, que fica a meio caminho das freguesias de São Julião e Silva, junto ao concelho de Valença, em Portugal.
De fato, em Portugal, na Galiza, em Leão e nas Astúrias existem diversas localidades cujos nomes compõem-se por “Silva”. É possível, porém, verificar que a popularidade deste apelido remonta ao século XVII em Portugal. Já no Brasil, o primeiro Silva a chegar foi o alfaiate Pedro da Silva, em 1612.

A primeira linhagem que adaptou o nome Silva como apelido tem uma origem muito antiga e provém do príncipe dos Godos, D. Alderedo, cujo filho, D. Guterre Alderete de Silva, se casou com uma descendente da nobreza da Casa Real de Aragão e é anterior à fundação da nacionalidade portuguesa, no final do século X.

Um atual ramo da família Silva, em sua quinta geração, é descendente dos reis de Leão e são mestiços – uma importante família aristocrática brasileira no Amazonas, dos quais varões da 2ª geração herdaram durante o Brasil Império o baronato de Amazonas.
Apesar da enorme difusão na população lusófona em geral, “Silva” também é o nome de importantes famílias nobres, que normalmente o portavam juntamente com outro apelido. Essa difusão aconteceu no Brasil principalmente por dois motivos: O primeiro deles é que muitos portugueses que queriam começar uma nova buscavam anonimato nas novas terras ou sem vínculos com o passado na Europa, adotavam o sobrenome mais comum de Portugal se aproveitando do relativo anonimato que o sobrenome proporcionava (e ainda proporciona). O segundo motivo é o fato deste sobrenome ter sido atribuído com muita frequência aos escravos que quando libertos adotavam o sobrenome do antigo dono.

Um estudo realizado com amostragem de 30.400 pessoas no Brasil, mostra que 9,9% dos brasileiros contemplam “Silva” em seu sobrenome, seguido por 6,1% com sobrenome “Santos”, 5,8% com sobrenome “Oliveira” e 4,9% com sobrenome “Sousa” (ou na grafia arcaica “Souza”).
Também é encontrado em Espanha (com origens mais remotas do Reino de Leão) e na Itália, onde é mais comum na região da Emília-Romanha e da Lombardia.

É bastante provável que o conjunto de nome e apelido mais comum nos países lusófonos seja João/José da Silva, podendo-se comparar a John Smith em países de língua inglesa, Juan García nos de língua espanhola, Hans Schmidt nos de língua alemã ou a Giovanni Rossi nos de língua italiana.

Bueno Brandão, um campo místico

O Silva da Família Peixoto Silva teve sua origem na cidade de Bueno Brandão, Sul de Minas Gerais, antigamente denominada Campo Místico.

Foi lá que nasceu JOSÉ FRANCISCO DA SILVA e também onde ele, Zeca Francisco, como era conhecido, casou-se com MARGARIDA ALVES DE ANDRADE, sendo que desta união nasceram os filhos: Sebastião, José Francisco Filho, Maria Júlia, Benjamin, Delphina, João Ulisses, Cacilda, Aurora, Júlia, Laura e Luzia.

Monumento “Menino da Porteira” no trevo de Ouro Fino MG

O sexto filho de Zeca Francisco, SEBASTIÃO SILVA, nasceu em Ouro Fino, Sul de Minas Gerais, casou-se com MARIA JOSÉ PEIXOTO, filha de Júlio Peixoto, dando assim origem a FAMÍLIA PEIXOTO SILVA.